Marciano era pescador.
O sofrimento parece ser
infindável para quem perde um parente de forma tão bruta como o que aconteceu com a família do pescador Marciano José de Oliveira (52), morto quando foi
atropelado por um ônibus da auto viação Salineira, na madrugada de domingo, por
volta das 00:10hs. na esquina da Avenida Julia kubistckeck com Rua Samuel
Agenor, na altura do bairro Itajuru, em Cabo Frio. Segundo informações, o pescador tinha saído do bairro Morubá e seguia no sentido Centro quando
aconteceu o acidente.
Receber uma notícia desta é realmente terrível . Ter uma vida interrompida, a dor da saudade. É neste momento onde tudo o que desejamos é um apoio, pois ficamos sem chão.
Todos os trâmites
legais foram resolvidos pelos familiares. E o que choca é que a empresa de
ônibus não participou deste momento trágico, dando uma destra de companhia. “Todos
os documentos, os custos do enterro, a urna, o transporte até o local do
velório foi pago com o meu dinheiro. Vou me casar dentro de 2 meses. Entrarei na igreja sem o meu pai. Não o terei do meu lado neste momento tão especial. E a empresa nem
nos procurou para desejar os pêsames, não falou nada. Ainda hoje vou estar em Cabo Frio para
terminar de pagar o enterro e aproveitar para ir até a sede da empresa para expor toda esta situação.
“ Declarou Márcia, uma das filhas do pescador, sentida pela frieza em que o caso foi tratado pela empresa de ônibus, que no momento do atropelamento enviou um representante jurídico no local do acidente, quando nestas horas a necessidade é de um psicólogo ou assistente social.
Entrei em contato com a assessoria
de Comunicação da Auto Viação Salineira para saber qual seria o procedimento com relação a estes custos do enterro, urna e tudo o mais, e a resposta que obtive por telefone foi esta : “A família não nos
procurou.”
Acredito que em situações
semelhantes a esta deveria se ampliar a responsabilidade de alguém que se
envolve em um acidente e provoca o óbito de outro ser. Nestes casos vale muito mais a orientação moral e a benevolência do que deveria prevalecer no que é legal.
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