Foi embaixo de muita emoção, dor,
saudade e até mesmo dúvidas, o sepultamento do policial militar de 32 anos, Soldado Valério Albuquerque. Ele deixou mulher e filha. Numa mistura de silêncio e
choro, policiais, amigos, familiares, se aproximaram do caixão e observavam
como quem diziam com os olhos “ até breve amigo.”
Na capela mortuária do Portinho,
em Cabo Frio, não havia espaço para tanta gente. Nos rostos a tristeza era
evidente. Até mesmo aqueles que estavam acostumados com situações difíceis criavam
a dúvida sobre tudo. O Subtenente Mauro Bernardo, comandante do Patamo em que
fazia parte o Soldado Valério, deu uma declaração que caiu como uma bomba “Nunca
um policial do meu grupo foi morto em ação ou assalto, ou de qualquer outra
forma. Hoje o dia está muito triste pra mim. Me leva até a pensar em me
aposentar.” Declarou com os olhos cheios de lagrimas o Sub Bernardo, que é
considerado por muito como o Mestre.
O Coronel Ruy França também
estava extremamente triste. Permaneceu ao lado do caixão, tentou consolar os
familiares, cumprimentou todos os policiais presentes e preferiu não conversar
com a imprensa. Ele passou toda a madrugada em operação com o pessoal do
Serviço Reservado procurando respostas e informações.
Valério foi sepultado com o uniforme que tanto amava e respeitava.
Valério foi sepultado com o uniforme que tanto amava e respeitava.
Na quarta-feira (02), o Soldado
Valério levou um homem para a delegacia, que estava em liberdade há cerca de 20
dias e voltou a ficar preso. A operação foi batizada pelos policiais de “O BOM
FILHO À CASA TORNA”. Parafraseando os policiais,
o Soldado Valério hoje realizou pela última vez esta operação. Retornando para casa está o bom filho, o bom policial, o bom chefe de família.
Até logo, amigo.
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